#ecosnopresente

Memórias, sob a forma de testemunho, de homens e mulheres que escreveram com as suas vidas a história do exílio. O exílio não conta apenas a história de um país ou de uma pessoa, conta a história de territórios, de nações, de regimes políticos, de sentimentos, sendo tanto criador de factos históricos como de subjetividades. Na atualidade, procurando contrariar o silêncio, ex-exilados, cineastas, encenadores continuam a dar voz ao exílio, seja através da criação de associações como de produções artísticas.




︎#testemunhos #video

Rui Mota © #ECOS


Rui Mota, natural de Lisboa, esteve exilado na Holanda para onde partiu em 1966. Nesse país, de onde regressou em 1996 , foi membro do Comité de Refugiados Portugueses, militou em várias organizações de esquerda e fez estudos universitários. Reside atualmente em Lisboa.
“No dia 25 de Abril de 1974 estava em Amesterdão, onde me tinha exilado cerca de oito anos antes. As primeiras imagens (a preto e branco) eram de militares e da população em Lisboa, seguidas da proclamação da Junta de Salvação Nacional, dirigida por Spínola. Ao ver aqueles rostos fechados, a maior parte deles fardados e de óculos escuros, não pude deixar de pensar na “junta” chilena de Pinochet. Teríamos de esperar para confirmar, pelo que não aconselhava ninguém a voltar a Portugal naqueles primeiros dias, até se confirmarem as notícias.
Hoje, passados 40 anos - sobre um dia que parecia nunca mais acabar - continuo a pensar que foi bom ter errado nos meus vaticínios. O 25 de Abril está aí para o provar. Festejemo-lo, pois”.




︎#testemunhos #video


Teresa Couto © #ECOS






Teresa Couto, natural das Caldas da Rainha, emigrou para Grenoble (França) onde militou no grupo O Comunista. A militância ativa trouxe-a para Portugal em 1973 para desenvolver trabalho político clandestino numa fábrica na Amadora. Reside atualmente na região da Grande Lisboa.
“Emigrei para Grenoble, França, em 1970. Não tinha qualquer ligação à política. Saí de Portugal para trabalhar, com uns patrões portugueses que me exploravam mais ainda do que se estivesse em Portugal.
Foi num jardim que frequentava que encontrei uma amiga espanhola, que se prontificou a ajudar-me. Falou-me da ODTI, a organização de defesa dos trabalhadores imigrados, e aí me dirigi com ela. Conheci outros camaradas e depressa estava integrada num grupo de trabalho que lutava contra o fascismo, a guerra colonial e a opressão em Portugal. Participei e promovi várias iniciativas, festas, reuniões e outras atividades. Fiz a alfabetização para mulheres migrantes, participei em reuniões com mulheres sobre métodos de contraceção e aborto, distribui panfletos porta a porta”.


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︎ #associativismo

AEP 61-74 - Associação de Exilados Políticos Portugueses




© AEP61-74



 ︎︎︎ Website AEP 61-74

Documentário “Trilho do Poço Velho” ︎︎︎ Ver aqui


Livro “Exílios” ︎︎︎ Download







︎ #associativismo

Associação Memória Viva




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Exposição “Refuser la Guerre Coloniale” ︎︎︎ Ver aqui









︎ #praticasartisticas #documentario

15 Rue du Moulinet


Hugo dos Santos




15 Rue du Moulinet ©Hugo dos Santos









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Exílio(s) 61-74 # O meu país é o que o mar não quer


Ricardo Correia
Casa da Esquina